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Vírus e Bactérias

Vírus e Bactérias

Vírus e Bactérias

 



 


  • Seres acelulares;
  • Possuem um património genético constituído por DNA ou RNA;
  • O ácido nucleico é rodeado pela cápside;
  • São incapazes de se reproduzir e de realizar o metabolismo de modo autónomo.

Bactérias:

 


  • São células procarióticas;
  • Muitas bactérias contêm plasmídeos;
  • Podem reproduzir-se automaticamente;
  • A reprodução realiza-se, habitualmente, por divisão binária.

 

Tipos de Leucócitos:

 

 


  • eosinófilos - realizam fagocitose de forma mais lenta que os neutrófilos, mas são, geralmente, mais selectivos. A sua acção dirige-se especialmente contra parasitas, libertam enzimas que os destroem;
  • neutrófilos - realizam fagocitose, constituindo a primeira linha de defesa celular contra a invasão de microrganismos;
  • basófilos - podem realizar fagocitose, mas de forma muito lenta. O seu citoplasma apresenta muitos grânulos que contêm substâncias que intervêm na resposta imunitária, como a histamina;
  • linfócitos - resultam da diferenciação de células da medula óssea chamadas linfoblastos. A maioria pertencem a um dos seguintes grupos: linfócitos B ou linfócitos T. Os linfócitos B podem diferenciar-se em plasmócitos que produzem anticorpos, enquanto que os linfócitos T não libertam anticorpos, mas reconhecem e ajudam a destruir agentes patogénicos. Considera-se ainda a existência de um terceiro grupo de linfócitos - as células NK (do inglês natural killer cells) ou células assassinas naturais - que têm funções particulares, nomeadamente, a actividade contra células tumorais e células infectadas por certos tipos de vírus;
  • monócitos - são capazes de abandonar os vasos, migrando para os tecidos, nos quais se diferenciam em células fagocitárias, os macrófagos.

 

 

Mecanismos de defesa não específicos/Imunidade inata



Barreiras físicas ou anatómicas:

  • Pele - é uma barreira que, em situações normais, impede a entrada de bactérias e vírus. Além disso, existem glândulas sudoríparas, sebáceas e lacrimais que produzem secreções que são tóxicas para uma grande parte das bactérias, impedindo o seu desenvolvimento;
  • Mucosas - que recobrem o tubo digestivo, as vias respiratórias e as vias urogenitais constituem, também uma barreira física para a entrada de agentes patogénicos;
  • Pêlos - existentes nas narinas são uma barreira para os microrganismos presentes no ar inspirado.

Fagocitose:


Consiste na ingestão de partículas, e é realizada por alguns tipos de leucócitos.

Ocorre geralmente no contexto de uma resposta inflamatória, limitando ou mesmo parando a invasão microbiana.

 

Os neutrófilos são os primeiros a realizar fagocitose de forma não específica.

Os macrófagos são células fagocitárias de grandes dimensões, por prolongamento do seu citoplasma, formam estruturas denominadas pseudópodes, que circundam o organismo invasor. Este é aglutinado para o interior da célula fagocitária, onde vai ser destruído por enzimas.


Resposta inflamatória:


Resposta inflamatória - ocorre quando os agentes patogénicos conseguem ultrapassar as barreiras de defesa primárias, o que acontece, por exemplo, após um golpe na pele.

  • Após a agulha penetrar na pele, ocorre a invasão de bactérias;
  • As bactérias libertam substâncias químicas que provocam a vasodilatação e aumentam a permeabilidade dos vasos capilares;
  • Verifica-se o aumento do fluxo sanguíneo na região, o que leva ao rubor ao aumento da temperatura no local;
  • Devido à maior permeabilidade dos vasos sanguíneos, aumenta a quantidade de fluido intersticial nos tecidos afectados, provocando um edema;
  • O aumento do fluxo sanguíneo e da permeabilidade permite a presença local de um maior número de fagócitos, sobretudo macrófagos e neutrófilos, que fagocitam os agentes patogénicos;
  • Os macrófagos procedem ainda à eliminação das células danificadas durante o processo da fagocitose;
  • Inicia-se o processo de cicatrização.

 

Interferão:

 

  • O vírus infecta a célula;
  • A replicação do vírus activa o gene do interferão;
  • Após essa activação os interferões saem das células para a corrente sanguínea;
  • Os interferões ligam-se aos receptores das células por onde vão passando;
  • As células vizinhas à infecção são, deste modo, avisadas da infecção viral e começam a sintetizar proteínas antivirais que vão sair da célula e bloquear a acção viral;
  • Assim, a acção dos interferões não é directa.


Sistema complemento:

 

Corresponde a um conjunto de cerca de 20 proteínas que são produzidas no fígado e circulam no plasma na sua forma inactiva.

O sistema complemento pode ser activado:

  • por alguns agentes patogénicos;
  • pela ligação de um anticorpo a um antigénio.
A activação da primeira proteína do sistema desencadeia uma cascata de reacções, na qual, cada proteína actua sobre a seguinte, activando-a.


Actuação das proteínas do sistema complemento:

  • provocam a lise de bactérias;
  • recobrem os agentes patogénicos dificultando a sua mobilidade e permitindo que a fagocitose ocorra mais facilmente;
  • atraem leucócitos aos locais da infecção (quimiotaxia);
  • ligam-se a receptores específicos das células do sistema imunitário, estimulando determinadas acções, como a produção de moléculas reguladoras e o desencadear da resposta inflamatória.

 

Mecanismos de defesa específicos/Imunidade adquirida


 

 

Imunidade Humoral:

  • Após a ligação do antigénio aos receptores dos linfócitos B, estes são activados;
  • A activação dos linfócitos B conduz à sua multiplicação, originando 2 grupos de clones;
  • Um grupo diferencia-se em plasmócitos, que produzem anticorpos, o outro grupo dá origem a células-memória, que não actuam durante a resposta.

Células-memória - têm como função responder prontamente a uma segunda invasão do mesmo antigénio. Permanecem no organismo durante muito tempo e estão prontas a intervir quando necessário.

Nota: uma vez que os linfócitos B produzem anticorpos que irão actuar em conjunto com outras células efectoras no combate aos agentes patogénicos, a sua acção não é directa.



Anticorpos - são cadeias polipeptídicas, as imunoglobulinas. Têm a forma de um Y e são formadas por 4 cadeias polipeptídicas, 2 cadeias longas, designadas cadeias pesadas, e 2 cadeias curtas, designadas cadeias leves.

 

Classe de Ig / Funções:

IgA - confere protecção contra os agentes patogénicos nos locais de entrada do organismo;

IgD - estimula os linfócitos B a produzir outros tipos de anticorpos;

IgE - medeia a libertação da substâncias (histamina) que podem desencadear reacções alérgicas;

IgG - confere protecção contra bactérias, vírus e toxinas;

IgM - é o primeiro anticorpo a surgir após a exposição a um antigénio. O facto de ser constituído por 5 unidades torna-o muito eficaz no combate inicial aos microrganismos.

As imunoglobulinas, ao ligarem-se aos antigénios, formam o complexo antigénio--anticorpo. A formação deste complexo desencadeia diversos processos, que conduzirão à destruição dos agentes agressores.

 

Actuação dos anticorpos:

  • Neutralização - os anticorpos fixam-se sobre os antigénios impedindo-os de penetrar nas células;
  • Aglutinação - os anticorpos ligam-se aos determinantes antigénicos formando complexos de grandes dimensões, que são rapidamente fagocitados por macrófagos;
  • Precipitados de antigénios solúveis - os anticorpos formam complexos insolúveis que são removidos por fagócitos;
  • Activação do sistema complemento - o complexo antigénio-anticorpo activa a 1ª proteína do sistema complemento, dando início a uma série de reacções sucessivas de activação;
  • Estimulação da fagocitose - os macrófagos possuem receptores que reconhecem os anticorpos (sobretudo a IgG) ligados aos antigénios, sendo estimulados a realizar fagocitose.

 

Imunidade celular:

  • Esta resposta tem início com a apresentação do antigénio aos linfócitos T;
  • A apresentação é executada por macrófagos, por linfócitos B ou por células infectadas por vírus;
  • Os macrófagos possuem na sua superfície proteínas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC);
  • Algumas das proteínas do MHC funcionam como receptores que se ligam aos antigénios, formando um complexo antigénio-MHC, que é apresentado aos linfócitos T, tornando-os activos;
  • Ao serem activados, os linfócitos T podem estimular outros linfócitos T e linfócitos B, assim como fagócitos;
  • Quando são activados, os linfócitos T dividem-se e diferenciam-se em diferentes tipos de células T, incluindo células-memória;
  • Algumas destas células T diferenciadas actuam directamente (linfócitos Tc ou T citolíticos ou T citotóxicos), enquanto outras (linfócitos TH ou T auxiliares) libertam substâncias (citoquinas) que desencadeiam determinadas reacções imunitárias.

 

A imunidade celular é também, responsável pela rejeição, que ocorre quando se efectuam implantes de tecidos ou transplantes de órgãos.

 

A rejeição ocorre porque:

  • O tecido ou órgão transplantado possui antigénios na superfície das suas células, diferentes das do indivíduo receptor;
  • O sistema imunitário, ao detectar a presença de corpos estranhos, desenvolve uma resposta imunitária, que se traduz pela activação dos linfócitos T que produzem substâncias capazes de destruir as células estranhas;
  • Para tentar minimizar os efeitos da rejeição, verifica-se a semelhança que existe entre os antigénios do complexo maior de histocompatibilidade do dador e do receptor;
  • Recorre-se também à administração de drogas que suprimem a resposta imunitária.